O rol dos seres meio bichos meio monstros é comum na cultura dos mais
diversos povos, lembra o ambientalista e escritor Angelo Machado. Para ele,
o fenômeno do chupa-cabras é ruim porque conota, mais uma vez, uma imagem
negativa da natureza.
A indústria da mídia é
repleta de casos de demonização dos animais, bem caracterizada em filmes como
Tubarão, Piranha, Aracnofobia e Anaconda, que mostra uma terrível sucuri da
Amazônia destroçando humanos.
Para a pedagoga Mônica
Meyer, professora da Faculdade de Educação da UFMG, o fenômeno do chupa-cabras
revela como a imaginação popular pode ser importante para o processo educativo.
“A imaginação move o ser humano, cria aproximação ou exclusão,
afetividade ou repulsão”, diz. “Estamos
diante, nesse caso, de uma ótima oportunidade para trabalhar o imaginário das
pessoas, elemento que é desprezado na educação ambiental”, afirma.
(Ambiente Hoje, nº 49, out/1997, p 12)
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