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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Chupa-Cabras

Monstro pode ser bom pretexto para o educador ambiental

            Chupa-cabras, mapinguari, monstro do Lago Ness, mula-sem-cabeça, lobisomen.
            O rol dos seres meio bichos meio monstros é comum na cultura dos mais diversos povos, lembra o ambientalista e escritor Angelo Machado. Para ele, o fenômeno do chupa-cabras é ruim porque conota, mais uma vez, uma imagem negativa da natureza.
            A indústria da mídia é repleta de casos de demonização dos animais, bem caracterizada em filmes como Tubarão, Piranha, Aracnofobia e Anaconda, que mostra uma terrível sucuri da Amazônia destroçando humanos.
            Para a pedagoga Mônica Meyer, professora da Faculdade de Educação da UFMG, o fenômeno do chupa-cabras revela como a imaginação popular pode ser importante para o processo educativo.
            “A imaginação move o ser humano, cria aproximação ou exclusão, afetividade ou repulsão”, diz. “Estamos diante, nesse caso, de uma ótima oportunidade para trabalhar o imaginário das pessoas, elemento que é desprezado na educação ambiental”, afirma. (Ambiente Hoje, nº 49, out/1997, p 12)





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